quinta-feira, 5 de junho de 2008

UM CLARÃO NAS TREVAS




Por Flávio Dias

Susy Hendrick (Audrey Hepburn) é uma dona de casa que recentemente ficou cega. Seu marido, o fotografo Sam Hendrix (Efrem Zimbalist Jr) guardou uma boneca de uma mulher no aeroporto. A mulher é encontrada morta perto da casa do casal e entram em ação Mike Talman (Richard Crenna) como um suposto amigo de Sam, o falso marido da mulher Roat (Alan Arkin) e o detetive Carlino (Jack Weston). Eles passam a fazer um jogo para ela não desconfiar que estejam atrás da boneca. Mas Susy percebe que há algo errado e conta com ajuda da pequena vizinha Gloria (Julie Harrod).

Este excelente suspense com elenco brilhante, se concentra todo dentro da casa de Susy, vivida pela estonteante atriz Audrey Hepburn, faz você ficar grudado na frente da TV o filme inteiro. Além da beleza e do talento de Audrey, conta com direção segura de Terence Young (diretor de três filmes do agente 007) e cenas de suspense que deixa qualquer um nervoso, como na briga entre Susy e Roat na escuridão total, onde só se ouve, mas não se sabe o que esta acontecendo. Muito bem apropriado, pois se trata de uma personagem cega. O filme é produzido por Mel Ferrer, até então marido de Audrey Hepburn antes da separação. Eles viveram juntos de 1954 a 1968. Recebeu indicação de Melhor atriz no Oscar e no Globo de Ouro e de ator coadjuvante para Efrem Zimbalist Jr no Globo de Ouro.

FICHA TÉCNICA:

Título em Português: Um Clarão Nas Trevas
Título Original: Wait Until Dark
Direção: Terence Young
Elenco: Audrey Hepburn, Efrem Zimbalist Jr, Richard Crenna, Alan Arkin, Jack Weston, Julie Harrod, Samantha Jones
Ano de Produção: 1967
País de Origem: EUA
Gênero: SUSPENSE
Duração: 108 minutos
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures do Brasil


PERFIL: AUDREY HEPBURN

Audrey Kathleen Ruston nasceu no dia 4 de maio de 1929 em Ixelles, Bélgica. Considerada morta pelos médicos, sua mãe consegui reanima-la. Jovem, já nos Estados Unidos, tentou balé, mas foi rejeitada por ser muito velha para começar a carreira. Foi também enfermeira voluntária na Segunda Guerra Mundial, aos 16 anos. Estrelou em comerciais de TV. Seu primeiro papel no cinema foi em “Monte Carlo Baby” em 1951. Dois anos depois fez o sucesso “A Princesa e o Plebeu” que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz de 1953, o único que levou para casa. Recebeu mais quatro indicações pelos filmes “Sabrina” (1954), “Uma Cruz à Beira do Abismo” (1959), “Bonequinha de Luxo” (1961) e “Um Clarão nas Trevas” (1967) e um Oscar Humanitário em 1993, que foi recebido postumamente pelo seu filho Sean Hepburn Ferrer.
Foi casada duas vezes. A primeira com Mel Ferrer de 1954 a 1968 e teve um filho com ele. Ferrer morreu há pouco tempo, no dia 2 de junho de 2008, aos 90 anos. Os dois atuaram juntos em “Guerra e Paz” (1956) e “Quando Paris Alucina” (1964). Ferrer ainda produziu “Um Clarão nas Trevas” (1967) e escreveu “A Flor que não Morreu” (1959) onde Audrey atuou. Seu segundo casamento foi com Andréa Dotti, de 1969 a 1982 e teve mais um filho.
Audrey é conhecida como uma atriz de beleza fenomenal, talentosa. Mas não tinha luxo. Era uma mulher simples e não se envolvia em escândalos. Com 1,70m de altura, magra, era muito requisitada por grandes diretores. Blake Edwards fez questão que ela fosse estrela de "Bonequinha de Luxo", mas os produtores queriam Marilyn Monroe no papel. Por insistência de Blake, ela aceitou, apesar dos críticos não achavam competente para o papel. Acabou levando sua quarta indicação ao Oscar. Em "Minha Bela Dama" a mais cotada era Julie Andrews, a preferida do ator Rex Harrison, do qual fez a peça teatral da Broadway com ele. Mesmo não sabendo cantar, Audrey ficou com o papel da jovem pobre que resolve aprender a falar e se portar como uma dama da sociedade. Curiosamente, ela foi indicada para ser "A Noviça Rebelde", mas Julie Andrews é quem interpretou. Hoje ela é referência de beleza e estilo, boa parte devido às roupas desenhadas pelo estilista Hubert de Givenchy em oito filmes da atriz. Também lutou pela causa dos famintos da África, sendo Embaixadora da Boa Vontade pela Unicef a partir de 1988 até sua morte em 20 de janeiro de 1993, em decorrência de um câncer no abdome, aos 63 anos. Sua última participação no cinema, foi em “Além da Eternidade” (1989) de Steven Spielberg, onde vivia um anjo. Com certeza ela é a mulher mais bonita e cheia de classe do cinema. Atriz como ela não se encontra mais no mundo da sétima arte. Um anjo que partiu e deixa muitas saudades.

FILMOGRAFIA:

1989 - Além da eternidade (Always)
1987 - Amor entre ladrões (Love among thieves) (TV)
1981 - Muito riso e muita alegria (They all laughed)
1979 - A herdeira (Bloodline)
1976 - Robin e Marian (Robin and Marian)
1967 - Um clarão nas trevas (Wait until dark)
1967 - Um caminho para dois (Two for the road)
1966 - Como roubar um milhão de dólares (How to steal a million)
1964 - My fair lady (My fair lady)
1964 - Quando Paris alucina (Paris - When it sizzles)
1963 - Charada (Charade)
1961 - Infâmia (Children's hour, The)
1961 - Bonequinha de luxo (Breakfast at Tiffany's)
1960 - O passado não perdoa (Unforgiven, The)
1959 - A flor que não morreu (Green mansions)
1959 - Uma cruz à beira do abismo (Nun's story, The)
1957 - Um amor na tarde (Love in the afternoon)
1957 - Cinderela em Paris (Funny face)
1956 - Guerra e paz (War and peace)
1954 - Sabrina (Sabrina)
1953 - A princesa e o plebeu (Roman holiday)
1952 - Secret people, The
1952 - Nous irons à Monte Carlo1951 - Laughter in paradise
1951 - O mistério da torre (Lavender Hill Mob, The)
1951 - Monte Carlo baby

Nenhum comentário: