FILMES NA TV: DE 18 À 29 DE FEVEREIRO

- PULSE (Telecine Premium): Um rapaz se suicida estranhamente e seus colegas resolvem investigar. Uma série de mortes e acontecimentos envolvendo aparelhos eletrônicos como computadores, celulares, permitindo acesso ao um mundo desconhecido. Não chega a ser um bom filme de terror e suspense. Falta algo no longa para ser tornar uma boa opção de diversão e de sustos garantidos. Roteirizado por Wes Craven, famoso diretor de filmes de terror como as séries "A Hora do Pesadelo", "Pânico" e "Uma Vampiro no Brooklyn" entre muitos outros. Refilmagem do filme japonês "Kairo" de Kiyoshi Kurosawa. No elenco estão Kristen Bell (da séries "Veronica Mars" e "Heroes"), Ian Somehalder (da série "Lost"), Ron Rifkin (da série "Brothers & Sisters"), Brad Dourif (do filme "O Senhor dos Anéis" e da série "Deadwood").

- ALPHA DOG (Telecine Premium): Johnny Truelove (Emile Hirsch) é um jovem traficante de drogas e decide seqüestrar o irmão do cliente Jeke Mazursky (Ben Foster). O garoto acaba virando o melhor amigo da gangue e de Frankie (Justin Timberlake) que tem a tarefa de cuidar e matar Zack (Anton Yelchin). O filme dirigido por Nick Cassavetes ("Diário de uma Paixão", "Um Ato de Coragem") discute o mundo das drogas e suas conseqüências terríveis. Baseado numa história real, onde Johnny Truelove passou a ser o mais jovem homem procurado pelo FBI. Super recomendado. Conta ainda com a participação de Bruce Willys, Sharon Stone, Amanda Seyfried, Shawn Hatosy, Harry Dean Stanton.

- DE QUE PLANETA VOCÊ VEIO? (Maxprime): Em uma galáxia distante, onde seres parecidos com os humanos, enviam um representante Harold (Garry Shandling) para a terra para procriar. O problema no seu planeta é que todos são homens e por causa da evolução, nenhum deles tem pênis. Já na terra se mete em vários confusões e encontra a mulher perfeita Susan (Annette Bening) com a missão de ter um filho. Esta comédia dirigida por Mike Nichols ("Closer: Perto Demais", "Uma Secretaria de Futuro", "Jogos do Poder") é muito bem feita e hilária. Uma ótima opção de diversão. Garry Shandling escreveu o roteiro e produziu o longa. Ainda no elenco estão Greg Kinnear, John Goodman, Linda Fiorentino, Ben Kingsley, Judy Greer, Richard Jenkins e Ann Cusack.

- UM TIRO PARA ANDY WARHOL (Telcine Cult): Nos anos 60, a jovem Valerie Solanas (Lili Taylor) pertubada escreve um livro feminista chamado "Associação de Destruição do Homem" (ADH em português ou SCUM em inglês) que tem como base a extinção dos homens na terra. Decide procurar Andy Warhol para publicar e filmar sua peça. Mas ninguém dá atenção a jovem considerado maluco pelo pessoal de Andy. Filme independente baseados em fatos reais muito interessante e intenso. Vale a pena conferir. Principalmente a atuação de Lily Taylor que brilha do início ao fim. Foi indicado ao Independent Spirit Awards na categoria de Melhor Primeiro Filme.

- LENDAS DA PAIXÃO (Cinemax): Três irmãos e seu pai vivem isolados em uma fazenda perto das montanhas. A mãe não gosta do local e abandona todos. Com o passar do tempo, o caçula casa e leva a esposa para viver junto com sua família. Os irmãos passam a viver uma intensa paixão pela jovem e cada um tem destinos diferentes. Alfred (Aidan Quinn) vira política e tem desavença com o pai (Anthony Hopkins), Tristan (Brad Pitt) vive com os costumes indígenas e sofre uma grande mudança com a morte do caçula Samuel (Henry Thomas) e sua esposa Susannah (Julia Ormond) que se apaixona por Tristan. O filme relata as mudanças durante o período de vida das personagens que afetam todos que moram na fazenda. Recomendado para os romanticos e apaixonados. A direção é de Edward Zwick ( "Tempo de Glória", "Coragem Sob Fogo", "O Último Samurai", "Diamante de Sangue").

- OPERAÇÃO VALKIRIA (Telecine Cult): Stauffenberg se une a um grupo para derrubar Hiltler do poder na 2ª Guerra Mundial. Filme alemão fraco e sem muito o que contar. Já nos 15 primeiros minutos passa tudo muito rápido e você perde o interesse pelo filme. A falta de acontecimentos empobrece do início ao fim.

- COM O PÉ NA ESTRADA (Telecine Premium): Jovem vai para o Canadá com os amigos para pedir a mão da namorada em casamento. Seus pais contratam um agente para impedir que isso acontece. Boa comédia recheada de cenas de sexo e tem situações hilárias. Conta com a presença de Jason Priestley (o Brandon Walsh da série "Barrados no Baile")

- ANJOS CAÍDOS (Minissérie - HBO): Quando Aaron Corbett (Paul Wesley) completa 18 anos, começa a ouvir animais e ver anjos. Aaron descobre que tem poderes para salvar vidas e tem uma missão: dar a redenção aos anjos caídos na terra. Com isso cai numa cilada promovida por Lúcifer para poder voltar ao céu e tomar o lugar de Deus. Minissérie com bons efeitos especiais, mas com um roteiro meio batido. Mas não deixa de ser uma opção para quem gosta de filmes com temática angelical.

- IMAGINE EU E VOCÊ (Telecine Light): Rachel e Heck se casam e conhece a florista Luce. O casal começa uma amizade com Luce que é lésbica. O casamento não vai bem e Rachel começa a sentir muito mais que uma amizade, tendo uma relação com Luce. Boa comédia com temática homossexual, mas não muito expansiva. Com Piper Perabo, Lena Headley e Mathew Goode. A Direção é de Ol Parker.

OSCAR 2008: VENCEDORES

Confira a lista dos vencedores do Oscar 2008: em itálico são meus acertos que foram 9.

Melhor Filme: Onde Os Fracos Não Têm Vez

Melhor Diretor: Ethan Coen e Joel Coen - Onde Os Fracos Não Têm Vez

Melhor Ator: Daniel Day-Lewis - Sangue Negro

Melhor Atriz: Marion Cotillard - Piaf: Um Hino Ao Amor

Melhor Ator Coadjuvante: Javier Bardem - Onde Os Fracos Não Têm Vez

Melhor Atriz Coadjuvante: Tilda Swinton - Conduta de Risco

Melhor Roteiro Original: Diablo Cody - Juno

Melhor Roteiro Adaptado: Ethan Coen e Joel Coen - Onde Os Fracos Não Têm Vez

Melhor Animação: Ratatouille de Brad Bird

Melhor Documentário: Taxi To The Dark Side de Alex Gibney e Eva Orner

Melhor Filme Estrangeiro: The Counterfeiters de Stefan Ruzowitzky (Áustria)

Melhor Fotografia: Sangue Negro

Melhor Direção de Arte: Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Melhor Montagem: O Ultimato Bourne

Melhor Som: O Ultimato Bourne

Melhor Efeitos Sonoros: O Ultimato Bourne

Melhores Efeitos Visuais: A Bússola de Ouro

Melhor Maquiagem: Piaf: Um Hhino ao Amor

Melhor Figurino: Elizabeth: A Era de Ouro

Melhor Canção: Once - "Falling Slowly", de Glen Hansard e Marketa Irglova

Melhor Trilha Sonora: Dario Marianeli - Desejo e Reparação

Melhor Curta-Metragem: Le Mozart des Pickpockets

Melhor Curta-Metragem de Animação: Peter and the Wolf

Melhor Curta-Metragem Documentário: Freehand

Oscar Honorário: Robert Boyle - Diretor de Arte

OSCAR 2008: QUEM VAI GANHAR?

Faça suas apostas: quem vai ganhar o Oscar 2008? Confira logo abaixo as minhas apostas para domingo em negrito e em vermelho.

Melhor Filme:
Desejo e Reparação
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro
Juno
Conduta de Risco
/
Melhor Diretor:
Ethan e Joel Cohen (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Julian Schnabel (O Escafandro e a Borboleta)
Paul Thomas Anderson (Sangue Negro)
Jason Reitman (Juno)
Tony Gilroy (Conduta de Risco)
/
Melhor Ator:
George Clooney (Conduta de Risco)
Johnny Depp (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet)
Tommy Lee Jones (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Viggo Mortensen (Senhores do Crime)
Daniel Day-Lewis (Sangue Negro)
/
Melhor Atriz:
Laura Linney (A Família Savage)
Cate Blanchett (Elizabeth - A Era de Ouro)
Ellen Page (Juno)
Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor)
Julie Christie (Longe Dela)
/
Melhor Ator Coadjuvante:
Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Casey Affleck (O Assassinato De Jesse James Pelo Covarde Robert Ford )
Philip Seymour Hoffman (Jogos do Poder)
Tom Wilkinson (Conduta de Risco)
Hal Holbrook (Na Natureza Selvagem)
/
Melhor Atriz Coadjuvante:
Ruby Dee (O Gângster)
Saoirse Ronan (Desejo e Reparação)
Cate Blanchett (Não Estou Lá)
Amy Ryan (Medo da Verdade)
Tilda Swinton (Conduta de Risco)

/

Melhor Filme de Animação:
Ratatouille
Persepolis

Ta Dando Onda
/
Melhor Roteiro Original:
Tamara Jenkins (A Família Savage)
Brad Bird e Jim Capobianco (Ratatouille)
Diablo Cody (Juno)
Tony Gilroy (Conduta de Risco)
Nancy Oliver (Lars and the Real Girl)
/
Melhor Roteiro Adaptado:
Christopher Hampton (Desejo e Reparação)
Sarah Polley e Alice Munro (Longe Dela)
Ronald Harwood (O Escafandro e a Borboleta)
Joel Coen e Ethan Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Paul Thomas Anderson (Sangue Negro)
/
Melhor Fotografia:
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
O Escafandro e a Borboleta
Desejo e Reparação
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro
/
Melhor Direção de Arte:
O Gângster
Desejo e Reparação
A Bussola de Ouro
Sweet Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Sangue Negro
/
Melhor Figurino:
Across The Universe
Desejo e Reparação
Elizabeth: A Era de Ouro
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Piaf - Um Hino ao Amor
/
Melhor Som:
O Ultimato Bourne
Ratatouille
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro
Transformers

/

Melhor Efeitos Sonoros:
O Ultimato Bourne
Ratatouille
Onde os Fracos Não Têm Vez
Os Indomáveis
Transformers
/
Melhor Montagem:
O Ultimato Bourne
O Escafandro e a Borboleta
Na Natureza Selvagem
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro
/
Melhor Efeitos Visuais:
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
A Bússola de Ouro
Transformers
/
Melhor Maquiagem:
Piaf - Um Hino ao Amor
Norbit
Piratas do Caribe - No Fim do Mundo
/
Melhor Filme Estrangeiro:
Mongol (Cazaquistão)
12 (Rússia)
Beaufort (Israel)
The Counterfeiters (Áustria)
Katyn (Polônia)
/
Melhor Trilha Sonora:
Desejo e Reparação
O Caçador de Pipas
Conduta de Risco
Ratatouille
Os Indomáveis
/
Melhor Canção:
Falling Slowly (Once) de Glen Hansard e Marketa Irglova
Happy Working Song (Encantada) de Alan Menken e Stephen Schwartz
Raise It Up (O Som do Coração)
So Close (Encantada) de Alan Menken e Stephen Schwartz
That's How You Know (Encantada) de Alan Menken e Stephen Schwartz

/

Melhor Curta-Metragem de Animação:
I Met the Walrus
Madame Tutli-Putli
My Love (Moya Lyubov)
Peter & the Wolf
/
Melhor Curta-Metragem:
At Night
Il Supplente (The Substitute)
Le Mozart des Pickpockets (The Mozart of Pickpockets)
Tanghi Argentini
The Tonto Woman
/
Melhor Curta-Metragem Documentário:
Freeheld
La Corona (The Crown)
Salim Baba
Sari's Mother
/
Melhor Documentário:
No End in Sight
Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience
SOS Saúde
Taxi to the Dark Side
War Dance

CINEMA: ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ

Por Flávio Dias


Um homem encontra uma maleta com US$ 2 milhões em pleno deserto enquanto caçava. Um assassino que está atrás do dinheiro. Um policial em fim de carreira que não está afim de investigar os assassinatos na região. Esses elementos estão presentes em “Onde os Fracos Não Têm Vez”, se não o melhor, um dos melhores filmes dos irmãos Coen. Baseado no livro de Cormac McCarthy tem tudo para ser o grande vencedor do Oscar deste ano. Está indicado em 8 categorias.

Josh Brolin é Llewelyn Moss e encontra uma chacina entre traficantes de drogas. Lá leva uma maleta cheia de dinheiro e vai para casa. Ele volta ao local e passa a ser perseguido por Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino que mata sem piedade. Moss tenta fugir do assassino. Enquanto isso, o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) está para se aposentar e faz pouco caso dos assassinatos. Não está interessado em pegar o violento assassino. O filme é cheio de cenas violentas e tem bom roteiro. Os irmãos Ethan e Joel Coen conseguem um resultado perfeito para o longa, embora seus filmes tenham sempre o mesmo tom na direção, mas não é o que acontece nesta fita. Javier Bardem tem grande chance de levar a estatueta. Seu desempenho e caracterização é inigualável. Caiu como uma luva para o ator. Direção, fotografia, atores e roteiro perfeitos. É difícil não levar o cobiçado homem dourado. Vale o ingresso do início ao fim.


RELATO DE UM CINÉFILO:

Durante a exibição do filme, as pessoas param para assistir praticamente em silêncio o filme. Todos ficam atentos aos acontecimentos no desenrolar da fita. Chega ao final e acaba bruscamente. Aí você percebeu que alguns saem meio decepcionados com aquele fim aparentemente sem nexo. Mas não é.

Para quem é cinéfilo e gosta de uma boa trama, sempre é bom assistir finais diferentes. Mas para quem não é, fica como algo que não foi mostrado. Ou seja, o espectador grudado na poltrona do cinema, quer algo bem mastigatinho, na palma da mão. Certos diretores costumam não dar de bandeja um final tão obvio. Prefere que o público pense sobre o filme. É o que acontece com “Onde os Fracos não Têm Vez”. Vi rostos de decepção e outros contentes com o resultado do longa. Isso é comum com qualquer filme. Vários filmes têm bom roteiro e não tem uma boa conclusão. Já outros, dão mastigado uma conclusão certa, mas não tão bem elaborado. Cinéfilo ou não, o importante é curtir o filme. A conclusão deixa para ser pensado depois. Cinema é isso: uns são só para divertir, outros para pensar.

FICHA TÉCNICA:

Título em Português: Onde os Fracos Não Têm Vez
Título Original: No Country For Old Men
Direção: Ethan Coen e Joe Coen
Elenco: Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson, Kelly Macdonald, Garret Dillahunt.
País de Origem: EUA
Duração: 122 minutos
Gênero: Suspense
Produção: Paramount Vantage / Miramax Films / Scott Rudin Productions / Mike Zoss Productions
Distribuíção: Paramount Pictures

CINEMA: DESEJO E REPARAÇÃO

Por Flávio Dias


A jovem Briony aos 13 anos demonstra ter talento para escritora. Robbie é apaixonado por Cecília e escreve uma carta para ela. A irmã mais jovem de Cecília, Briony, lê a carta de Robbie e no mesmo dia vê a irmã com ele. A prima Lola é estuprada e a fértil jovem diz que viu Robbie cometer o crime e é preso por causa disso. O tempo passa e Robbie vai para a guerra e Briony tenta consertar este fato do passado.

Baseado no romance “Reparação” de Ian McEwan, conta uma história de como um desejo pode destruir uma pessoa e como reparar os fatos ocorridos sem ter como consertar. É assim que Briony tenta fazer durante a sua vida. Os erros do passado passam para seu lado criativo através dos livros. O filme é dirigido por Joe Wright que soube dosar as cenas da trama do filme. Porém, sua direção é bem parecida com seu filme anterior “Orgulho e Preconceito”, inclusive a fotografia. Mas não tira o brilho do filme. Em uma das cenas de guerra, optou por rodar com steadcam seqüencial pegando todos os movimentos das personagens quase sem nenhuma fala.

O elenco está na medida certo do filme. Keira Knightley que vive Cecilia, repetindo a dobradinha com o diretor, onde também está em “Orgulho e Preconceito”. Mas nesta ela está bem mais apagada. Quem realmente brilha é Saoirse Ronan (“Nunca é Tarde para Amar” a filha de Michelle Pfeiffer) como a jovem Briony aos 13 anos. Ela consegue dominar a personagem. Tanto que está indicada como Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar 2008. Repete com mesmo grau as atrizes Romola Garai (Briony aos 18 anos) e Vanessa Redgrave já idosa e doente. O filme tem resultado agradável e bons diálogos e não vai decepcionar quem gosta de drama com pitadas de romances. Indicado em 6 categorias ao Oscar 2008, incluindo Melhor Filme.

Curiosidade: O diretor Anthony Minghela (“O Paciente Inglês”, “O Talentoso Ripley”) faz uma ponta no final do filme como apresentador de um talk show.


Ficha Técnica:

Título em Português: Desejo e Reparação
Título Original: Atonement
Direção: Joe Wright
Elenco: Keira Knightley, James McAvoy, Romola Garai, Saoirse Ronan, Brenda Blethyn, Vanessa Redgrave, Juno Temple.
País de origem: Inglaterra/França
Duração: 130 minutos
Gênero: Drama
Produção: Universal Pictures / Working Title / Relativity Media / Studio Canal
Distribuíção: Universal Pictures

FILMES DA SEMANA DE 11 À 15 DE FEVEREIRO

- Borat: O Segundo Melhor Repórter Do Glorioso País Cazaquistão Viaja À América (Telecine Premium): O repórter do Cazaquistão Borat (Sacha Baron Cohen) vai para os EUA para fazer um documentário sobre o país. Lá enfrenta as diferentes culturas entre os dois países. Com muito sarcasmo e humor negro, essa comédia com estilo de pegadinhas, que custou 18 milhões de dólares, faz ri com pequenas bobagens e situações constrangedoras. A polícia foi chamada 91 vezes durante a produção do longa. O filme faz uma forte crítica em cima da sociedade norte-americana. Sacha Baron Cohen, que criou Borat no programa britânico "Da Ali G Show", ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia e recebeu indicação de Melhor Filme de Comédia. Também foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

- 11:14 (Telecine Premium): Cinco histórias paralelas e com uma única ligação: uma adolescente. Tudo acontece exatamente as 11:14 da noite. O filme é um suspense inteligente e bem amarrado e conta com elenco muito bem formado. Entre eles estão: Hilary Swank (também participa como produtora do filme), Patrick Swayze, Henry Thomas, Colin Hanks, Barbara Hershey, Rachel Leigh Cook, Ben Foster e Shawn Hatosy.

- Durham County: 1ª Temporada (Série - Telecine Premium): O detetive Mike Sweeney (Hugh Dillon) se muda para a cidade Durham County com a sua esposa e as 2 filhas. Lá encontro seu amigo de infância, seu vizinho, Ray Prager (Justin Louis). Mike e Ray tem um segredo do passado, onde Mike tentou matar sua namorada da época. O detetive começa a suspeitar que Ray é um assassino em série e por este fato é confrontado pelos colegas da polícia e pela família. Esta produção canadense com apenas 6 episódios, tem roteiro bom, mas com falhas. Os diálogos são fracos, mas tem boa fotografia. O ator principal Hugh Dillon também não foi uma escolha que valeu a pena, ao contrário de Justin Louis que se sobresai muito melhor durante toda a série. Já foi confirmada a 2ª temporada.

- O Caminho Para o 11 de Setembro (Minissérie - HBO): Esta minissérie conta os relatos anteriores ao 11 de setembro até o dia "D" da grande tragédia deste século. Tudo começa com o atentado ao World Trade Center em fevereiro de 1993 e termina na queda das torres. As investigações, os acertos e erros cometidos, as alianças, a visão política e burocrática, os alertas que foram ignorados, como tudo aconteceu ao redor dos EUA e o pouco que foi feito para evitar as colisões. A minissérie conta com participações de Harvey Keitel, Amy Madigan, Donnie Whalberg e vários outros atores. O grande diferencial esta na fotografia, da maneira simples e correta de conduzir a trama dirigida por David L. Cunningham. No início é feito um aviso que não se trata de um documentário e sim uma ficção baseado no relatório da comissão do 11 de setembro, entrevistas, reportagens, documentários e depoimentos. Ótimo opção para quem gosta de ficções com pé na realidade.

CINEMA: CLOVERFIELD: MONSTRO

Por Flávio Dias

Durante uma festa surpresa promovida pelos amigos para a despedida de Rob, que está de partida para o Japão, as luzes se apagam e ouvi-se um grande estouro. Todos vão para o terraço e vêem uma grande explosão e um grunhido estrondoso. Os fogos vão em direção a eles e todos correm para a rua, sem saber do que se trata. Este é o ponto inicial de “Cloverfield: Monstro”. Muita correria e uma câmera amadora registrando todos os fatos deste terrível dia.

Sucesso na internet com trailers pipocando nos sites do youtube e da produtora Paramount Pictures, antes mesmo da estréia nos cinemas, o filme é puro entretenimento, mas muitos críticos estão comparando a “Tubarão” (1975) de Steven Spielberg, pelo sentimento de impotência, ainda mais por conta dos atentados de 11 de setembro. O monstro do título em português é o que menos importa nesta ficção de terror dirigido por Matt Reeves e produzido por J. J. Abrams (das séries “Lost” e “Alias”, dos filmes “Missão: Impossível 3” e o novo “Star Trek” que chega este ano nos cinemas). O que importa são as pessoas no meio da destruição causada pelo monstro. O filme inteiro é em primeira pessoa, ou seja, fica a sensação que é você quem está vivendo aquela situação. Embora isso possa ser irritante para muitos por conta da câmera nervosa, mas não interfere no conteúdo do longa. Aliás, é este diferencial que marca o filme. Destruição, explosões, gritos, situações surreal são os elementos complementares do filme. Como toda ficção, para dar mais brilho, digamos, sempre tem algum fato superfantástico. A cena do prédio apoiado em outro e o namorado entra no prédio torto para salvar a amada, é o fato mais surreal da trama. Os efeitos são de primeira, a direção é altamente segura e a produção de 30 milhões de dólares, faz do longa de 85 minutos, com a bateria da câmera amadora ligada o tempo todo, faz valer a pena o ingresso.

O MONSTRO

Ele está no título em português e é o astro primordial a “Cloverfield: Monstro”. Mas é ele quem aparece menos na trama. Pequenas doses são mostrados durante o filme. Só há um close bem de perto, conseguindo captar melhor o monstrengo. Mas não é suficiente para olhos desatentos. Percebendo aos poucos, você vê rabo, pernas de trás pequenas e braços parecidos com as de um gorila. A boca grande, dentes tipo garras enormes, olhos pequenos, bolhas na cabeça, complementam o bichão. Não é parecido com nenhum outro ser estranho que o cinema já produziu. Mas você se pergunta: dá onde vem este mostrengo enorme? Será que é um alien? Um mutante modificado geneticamente por humanos? Será que veio da poluição dos rios e mares como no filme coreano “O Hospedeiro”? O filme não dá pistas e nem faz referências maiores sobre o monstro. Fica em segundo plano o seu surgimento. Tudo para prevalecer à história do filme, que é retratar o desastre na maior cidade do mundo e o caos estarrecedor em Nova York. Nada é por acaso neste filme. Tudo está lá para sua diversão. Aliás, a aparência do monstrengo virou hit na internet. Os internautas querem saber de perto como é o monstro de todos os ângulos. A seqüência do longa está sendo negociado com a Paramount Pictures. Com esse sucesso na internet e nas telonas, provavelmente em 2010 o monstro estará de volta para assustar Nova York mais uma vez.

NOVA YORK EM DESTRUÍÇÃO

Muitos filmes de Hollywood gostam de destruir Nova York. A cidade já foi palco de destruição pela natureza, por meteoros, ataques terroristas, epidemias, aliens e monstros. Nova York é a maior cidade do mundo e tem uma grande população e popularidade e é por causa disso que é o cenário ideal para promover o caos, ainda mais depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A grande metrópole foi invadida por aliens em “Independence Day”, sendo massacrada; viu a natureza congelar a cidade em “O Dia Depois de Amanhã” e no futuro em “A.I.: Inteligência Artificial”. Presenciou meteoros caindo do céu em “Armaggedon” e sendo invadida pela água em “Impacto Profundo”. Também foi devastada por uma epidemia em “Eu Sou a Lenda”, por monstros como “King Kong”, “Godzilla” e “Cloverfield: Monstro” arrasando a cidade inteira. Além dos ataques terroristas na realidade, também encontrou o terrorismo em “Nova York Sitiada”, “O Pacificador” e “As Torres Gêmeas”. Todos esses filmes mostram símbolos da cidade como o Impere State, as Torres Gêmeas, museus, bibliotecas, prédios grandiosos sendo destruídos, como o do FBI, Central Park, as pontes de Manhattan e do Brooklyn, metrôs, túneis e uma série de pontos turísticos e de grande movimentação populacional e de ligação da cidade. Se você é cineasta e quer ver uma cidade completamente mergulhada no caos e destruída, Nova York é a mais alta recomendada. Que diga Roland Emmerich, Steven Spielberg, Michael Bay, Mimi Leder, Francis Lawrence, Peter Jackson, Oliver Stone e demais diretores que já tiveram o “prazer” de destruir Nova York.


CLOVERFIELD: MONSTRO
Título Original: Cloverfield
Direção: Matt Reeves
Elenco: Lizzy Caplan, Jessica Lucas, T.J. Miller, Michael Stahl-David, Blake Lively, Mike Vogel, Odette Yustman, Anjul Nigam, Margot Farley, Theo Rossi, Brian Klugman, Kelvin Yu, Liza Lapira, Lili Mirojnick, Ben Feldman
País: EUA
Gênero: Ficção / Terror
Duração: 85 minutos
Ano de Produção: 2008
Produção: Paramount Pictures e Bad Robot
Distribuição: Paramount Pictures

FILMES DA SEMANA: DE 04 A 08 DE FEVEREIRO

A HORA DO RANGO (Telecine Premium): Ryan Reynold não pára de fazer comédias duvidosas. Com tom meio sarcastíco, esta comédia meio sem graça, conta a história de funcionários de um restaurante e o que eles enfrentam com seus clientes. Não é uma boa opção para quem quer rir de verdade. Chega ser tola e sem motivo.

NASCE UMA ESTRELA (1976) (Cinemax): Para quem gosta de musical e uma bela história, vai gostar deste longa dramático produzido nos anos 70. Kris Kristofferson é um cantor de rock em decadência quando conhece Barbra Streisand em um bar onde ela canta. Ele se apaixona pela moça e decide fazer dela uma estrela. Belo filme com boas canções, ótimas atuações dos astros principais e direção segura de Frank Pierson. Ganhou o Oscar de Melhor Canção Original para Barbra Streisand (responsável pela produçao das músicas e escreveu algumas delas) e Paul Williams e indicado para Melhor Som e Melhor Canção Adaptada. Também ganhou os Globo de Ouro de Melhor Ator Comédia ou Musical para Kris Kristofferson, Atriz de Comédia ou Musical para Brabra Streisand e de Música e Som. Vale a pena conferir.

MARIA (Telecine Cult): Apresentador de TV faz uma série de programas focados na figura de Jesus Cristo. Um diretor que realiza um filme sobre Jesus e a atriz principal tem crise sobre o que realmente aconteceu na época de Cristo. Esses elementos são os pontos principais para discutir sobre a fé em Deus e como dar sentido a fé. O filme tenta captar as várias nuances sobre o que é a fé e como acreditar em Deus em uma época de violência e descresça nas pessoas. Mas o filme acaba no lugar comum. Ou seja, na tão divulgada palavra amor. O final é decepcionante. Direção de Abel Ferrara e com os atores Forest Whitaker, Juliete Binoche, Matthew Modine e Marion Cotillard.

VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS: UMA APOSTA MUITO LOUCA (Telecine Action): Jackie Chan é Lau Xing que rouba o Banco da Inglaterra e leva uma única peça: o Buda de Jade. A partir daí começa a ser caçado pela cidade. No meio do caminho, encontra o inventor Philleas Fogg (Steve Coogan) que contrata Lau para ser seu assistente. Desafiado pelo Lord Kevin (Jim Broadbent), Fogg vai ter que dar a volta ao mundo em 80 dias exatos. O filme mistura aventura, ação, comédia e fantasia muito bem feita é dirigida por Frank Coraci (de "Click"). Baseado na obra de Jules Verne e conta com várias participações especiais como Arnold Schwarzenegger vivendo um sultão turco, Rob Schneider como um mendigo, Macy Gracy, Luke e Owen Wilson como os irmãos Wright, John Cleese como um sargento da polícia, Kathy Bates com a Rainha Victoria da Inglaterra. O filme é produzido pela Walden Media, responsável pelas "As Crônicas de Nárnia". Uma boa opção de diversão.

OS JOVENS PISTOLEIROS (Telecine Action): Emilio Estevez, Charlie Sheen, Lou Diamond Phillips, Kiefer Sutherland, Dermot Mulroney, Casey Siemaszko, Terry O'Quin, Terence Stamp, Jack Palance, Patrick Swayze estão neste faroeste sobre Billy The Kid. Dirigido por Christopher Cain, o filme cumpre seu dever de filme de aventura no velho oeste. Muitos tiros, mortos, sangue e vingança. Não é melhor do que a continuação (que vi primeiro) "Jovem Demais Para Morrer" que conta com o mesmo elenco base. Recomendado para quem gosta de filmes de bang-bang.

SABOTADOR (TCM): Um jovem é acusado de ter provocado um incêndio em uma indústria de aviões de guerra. A partir daí é perseguido e vai atrás do verdadeiro culpado, atravessando o país para provar a inocência. Dirigido por Alfred Hitchcock em 1942, o filme tem boas doses de suspense, romance e ótimas atuações. Os efeitos especiais não são lá grandes coisas, embora não sejam de mau gosto, levando em consideração a época do longa. Com Robert Cummings, Priscila Lane, Otto Kruger, Alan Baxter, Norman Lloyd.

SÉRIE: JERICHO - 1ª TEMPORADA

Terminou nesta segunda a série "Jericho: 1ª Temporada" no canal AXN. A série fala sobre os eventos depois de atentados com bombas nucleares em várias cidades dos Estados Unidos. Como eles vão sobreviver depois dos atentados e como fica a cidade e a população. A série é fraca em argumentos e eventos, o ator principal Skeet Ulrich é fraco demais para ser o protagonista. O engraçado é que fãs da série, que foi cancelada no nono episódio, mandaram amendoins para a emissora norte-americana CBS em protesto pelo cancelamento. A série voltou e completando a temporada e garantiu a 2ª. Pior é o último episódio, que acabou sem mais e nem menos não explicando eventos menores. Ficou muito a desejar. Falta bom roteiro, uma trama que tenha nós suficiente para prender o telespectador e tramas paralelas convincentes. Ou seja, se você estiver pensando em ver ou comprar a série, recomendo ficar longe. Mas se você gosta de tramas ficcionais rasas, essa é a série.

JOGO RÁPIDO: FILMES DA SEMANA

"Piratas do Caribe: O Baú da Morte" (visto na HBO): Bom filme desempenhado por Johnny Depp (Jack Sparrow) no papel central. Quem não assistiu o primeiro filme, vai ficar perdido. Portanto, para ver o segundo filme, não deixe de ver o primeiro. Destaque para os bons efeitos especiais. O filme não é tão brilhante como o primeiro, mas não faz feio. No elenco estão ainda Keira Knightley (Elizabeth Swamm), Orlando Bloom (Will Turner), Jack Davenport (Norrington), Bill Nighy (Davy Jones), Jonathan Pryce (Gov. Swamm), Stellan Skarsgard (Bootstrap Bill), entre outros. A direção é de Gore Verbinski e produzido por Jerry Bruckheimer e o estúdio Walt Disney.

"Uma Noite no Museu" (visto no Telecine Premium): Larry Dale (Ben Stiller) vai trabalhar no Museu da História Nacional e toda noite eles ganham vida. O filme não é aquilo tudo, mas tem bons efeitos especiais e conta com a presença ilustre de 3 veteranos do cinema: Dick Van Dycke, Mickey Rooney e Bill Cobbs como três segurança na beira da aposentadoria. Uma espécie de homenagem a esses grandes atores do passado. Para quem curte uma aventura mais rápido e sem compromisso nenhum, é uma boa pedido. Direção de Shawn Levy ("Doze É Demais" e "A Pantera Cor-de-Rosa") e que vai dirigir a continuação em 2009.

"Cidade Baixa" (visto no Cinemax): Uma jovem mulher tem um caso com 2 amigos e isso abala a amizade deles. O filme fala da parte baixa e pobre de Salvador (Bahia) e das situações de baixeza da vida. O longa- metragem tem uma fotografia cinzenta, escura. Não é visto muita claridade a luz do dia. Tem direção segura de Sérgio Machado e atuações muito bem feitas por Lázaro Ramos, Wagner Moura e Alice Braga.

"A Cidade Perdido" (Visto no TC Premium): Fico Fellove é um empresário de um clube no final dos anos 50, quando o presidente Batista deixa o país e Fidel Castro toma o poder em Cuba, abalando a sociedade e toda sua família. O filme mostra a história de Cuba no olhar de Andy Garcia, que dirigiu (primeiro longa para o cinema), protagonizou e fez todo o arranjo musical do longo. Os conflitos familiares e a situação política do país são muito bem contadas. Garcia é cubano e o longa é em homenagem a seus pais, esposa e filhos. Ele nasceu em 1956, 2 anos antes da história do filme que começa em 1958.

"Instinto Selvagem 2" (visto na HBO): Sheron Stone esta de volta no papel que deu o que falar. O mesmo não se pode dizer desta continuação. Tudo é na base da indução. Ou seja, nada é por acaso. Não existe motivo para assistir o filme, que não é uma obra prima, nem mesmo de suspense. O final é óbvio demais. Os diálogos são fracos e as autuações medianas. Direção de Michael Caton-Jones (O Chacal, Dr. Hollywood, Memphis Belle). Nada de extraordinário acontece no filme.

"O Balão Branco" (visto no TC Cult): Menina pedi a mãe para comprar um peixinho dourado no mercado na capital do Irã. A mãe dá o dinheiro, mas ela perde pelo caminho. O filme se passa nesta situação da menina é faz de tudo para recuperar o dinheiro com a ajuda de estranhos e do irmão. Um belo filme Iraniano, bem dirigido por Jafar Panahi e com belas atuações feita pelas crianças. Excelente filme para quem gosta do gênero. Imperdível. O cinema iraniano a cada dia fica melhor.